Apaixonada por..... saber fazer

Gente, estou perdidamente apaixonada pela minha máquina de costura, ando a navegar por muitos mares (net) e descobri que não sou a unica. encontrei um cantinho especial chamado Clubinho da costura que me deixa com agua na boca. Vou tentar fazer os desafios propostos por elas e ja estou me achando...lol   ameiiiii....  quero mais.

Dia 07 - Domingo

Meu marido trabalha aos domingos também, e eu fico em casa sozinha, ou as vezes, vou pra casa de alguma amiga.... mas no geral meus domingos são, preguiça, tv, filmes, internet, jogos solitários, e a companhia da minha gatinha Kitti... Um dia típico de um João Ninguem, na mais completa maresia.... invisibilidade..... chatice.

Dia 06 - Uma experiência em família

Moro em Portugal, mas sou Brasileira.... Casei-me com um português, e como todo casamento, junto veio uma longa lista de novos parentes, uma nova família portuguesa. Até aí tudo normal, o que é fora do normal, a maneira deles estarem na vida e de enxergarem as coisas.... O povo português é culturalmente um povo queixinhas, ou seja, o copo para eles estará sempre meio vazio.... Se perguntamos para um português como ele está, 99 em cada 100, responderão que estão assim assim... ou vai se andando, ou ja estive melhor... Pois, vejam bem que grande diferença de um brasileiro, que mesmo sem um tostão no bolso, responde sempre... tudo ótimo, ou tudo jóia!!! Enfim, já cá estou a 9 anos e há coisas que jamais entenderei... Mas pronto, tenho minha nova família portuguesa e ainda agora estou a conhece-la ... Nessa nova família vieram, um sogro (Samuel), uma sogra (Antónia), um cunhado (Vítor), sua esposa (Andrea), uma sobrinha (Adriana), uma avó materna(Maria), um avô materno (António), muitos tios e tias, muitos primos e primas, alguns mais chegados, outros nem por isso. Como toda família portuguesa que se preze, os idosos não faltam aqui também... os avós, tem 85 e 88 anos, muitos tios e tias também nessa faixa de idade, outros mais novos, mas com alguma dependência fisica ou mental, enfim, uma família já bastante envelhecida e dependente. Minha sogra, é uma guerreira no meio disso tudo, consegue trabalhar fora, trabalhar em casa, cuidar ou ajudar a cuidar desses idosos todos, e tudo isso com um bom humor que em nada lembra um típico português... ela deve ter a alma brasileira..rsrsrs

Outro dia ela pediu-me ajuda, se iria com ela dar um jeitinho ao Monte dos avós ( é assim que eles aqui no Alentejo chamam uma casa fora da cidade, tipo uma chacara, um Sitio, uma fazendinha). Claro que eu não podia recusar, pois alem de admirar muito minha sogra, também gosto muito dos velhinhos. Esse dia chegou.... sábado de manha, 7:30, estamos a caminho do Monte. Eu infelizmente não acordo muito bem humorada quando tenho que me levantar antes das 9:00, mas é por uma boa causa.... Quando lá chegamos, os avós ainda estão deitados ( e fazem muito bem), mas logo se levantam, e assim começa nossa aventura nas limpezas de uma casa com mais ou menos 150 anos, e mobília a moda antiga beirando essa mesma idade... É difícil descrever um Monte alentejano típico de a cem anos, mas é uma experiência única... acreditem, entre poeira, sujeira, e louça antigas, encontramos dinheiro com mais de dez anos fora de uso, a antiga moeda Portuguesa, o Escudo, não sei bem fazer a conversão, mas minha sogra disse que estava lá algo perto de 1000 euros. E tudo isso porque eles guardam o dinheiro em casa, para alguma eventualidade que nunca chega, e se esquecem de ir buscar, ou mesmo de onde está... Pois bem, e assim passamos o sábado nas limpezas... Velharias, antiguidades, dinheiro perdido(contos), dinheiro achado (euros), risos, chatices, cansaço, insectos, e mais uma experiência em família. Nessa nova família portuguesa que agora também é minha família.... E vai-se andando..... rsrsrs

Dias 02, 03,04 e 05

Dias em branco, em que nada de novo, nada de interessante, nada de minimamente digno de registo aconteceu...... Ou seja, dias normais de um joão Ninguem. Sem comentarios.....

Dia 01

Não vejo o porque de todas as pessoas carregarem o fardo de ser incríveis, o porque de todos termos que ser brilhantes. Nascemos e ouvimos as pessoas nos dizerem que seremos isso, aquilo, e que faremos a diferença no mundo..... Mas e se não for???

E se não estivermos destinados a nada disto? A nenhum grande feito? Simplesmente nascer, crescer, reproduzir (talvez) e morrer? Será assim tão mal ser um João Ninguem? Pois a partir de hoje descreverei com detalhes como é possível uma pessoa inteligente(na média), feliz ou infeliz (qb), passar pela vida numa completa nuvem de fumaça. Ser uma ilustre desconhecida, e não estar sozinha no mundo. Porque assim como eu, o João, a Maria, a Sophia, a Ana.... somos todos invisíveis, mas ainda assim humanos...